quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

CANOA












Te soltei na água, canoa
Que graça que fiz
Pelo dedo dos outros
Não foi por um triz

Quero-te livre, canoa,
Vive, corre, nada e voa,
Olha pra trás e não chora
Sente a pena e se arvora

Que esse mar que eu te fiz só te sorri
Fadas e harpas, dóceis bichos ingênuos
Seres encantados, heróis inventados
Espadas sem ponta, ilusões sem conta

Vai e não volta, canoa
Se é pra morrer, morre feliz
Aqui dirão que é de papelão
Vão lacerar teu coração.

         
      De BH out/2006 pra MN out/2010
                      [Poly Jeha]

Um comentário:

  1. Você apareceu heim Poly! Nem que seja só no blog, para nossa felicidade. Mas onde está seu perfil? Estamos esperando o seu e o da Ju, para completar o quadro.
    Beijos saudosos pra você.

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