(pro meu pai)
Seu coração é do tempo de longínquas guerras.
Os homens eram inocentes
e ainda usavam chapéus.
Nas ruas corriam bondes,
não havia avenidas
e o mar era só paisagem.
Suas histórias e crenças
(de tudo o que já não há)
(naquilo que já se foi)
engendraram substância indelével
nas linhas de minha vida.
Na minha mão está o seu registro.
Estamos presos ao tempo
e somos únicos um para o outro.
A lenta batida de seu peito
marca passo acelerado em meu coração.
(Marina Procópio)
[purple]Amar o perdido
ResponderExcluirdeixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão
Você me fez chorar...sá! Beijos...