IRPF 2011: Não há mais como adiar.
Programa instalado. Começo a lançar os dados solicitados. Torço para que, pelo menos, ao final, haja generosa restituição!
Vã esperança? Pensamento positivo! Vamos lá!
Novo design! É a Receita Federal modernizando-se e se infiltrando cada vez mais em nossas vidas! Nada lhe escapará?!
Mas... Precisava estar logo no início, o seu campo mais aborrecido? O valor retido na fonte? Por que não colocá-lo lá, no finalzinho? Na última tela?
Já de cara tenho a noção exata do quanto deixei de receber.
Durante todo o ano passo rapidamente os olhos pelo campo “IR-Retenção” do meu contra-cheque. Para ser sincera: prefiro ignorá-lo!
Mas, hoje, ignorar é impossível. Cada número digitado é uma punhalada no peito.
Sem choro e sem ranger de dentes (ou com eles), lá se foi um bom naco do meu salário!
Fazendo cálculos: dividindo minha renda bruta do ano pelos seus 365 dias, o valor equivalente a 66 dias ficou retido na fonte. Trabalhei mais de dois meses sem receber nadinha!
Na tentativa de amenizar o grande vazio que a quantia retida deixa em mim e sem dramas: ela será muito bem empregada!
Políticas sociais. Serviços públicos. Infra estrutura. Ordem e Progresso.
Inútil! Não me consolo! Concluo que, apesar da minha involuntária, mas magnânima contribuição, se quiser ter uma vida sem grandes aporrinhações terei que, eu mesma, arcar com escolas particulares, planos de saúde, empresas de vigilância, transporte particular, planos de habitação, etc, etc, etc...
Sou obrigada a reformular a frase acima: o vazio que sinto não é grande. É descomunal, imenso, imensurável, colossal!
Estou bastante irritada! E só uma gorda restituição me acalmará!
Vamos lá! Ela virá...
Novos campos: Dependentes, não, não tenho; alimentandos, tampouco; despesas com instrução, não mais; médicos, dentistas, fonoaudiólogos, nada disso (graças aos céus gozo, ainda, de perfeita saúde); parcos investimentos; nenhum rendimento acumulado.
Pronto! Nada mais a acrescentar.
Vejamos... Restituição... Quanto? Quanto? Quanto?
R$ 0,62. (Pensando bem, um psiquiatra agora não seria de todo mal!)
Nada mais a declarar! [J.]
Programa instalado. Começo a lançar os dados solicitados. Torço para que, pelo menos, ao final, haja generosa restituição!
Vã esperança? Pensamento positivo! Vamos lá!
Novo design! É a Receita Federal modernizando-se e se infiltrando cada vez mais em nossas vidas! Nada lhe escapará?!
Mas... Precisava estar logo no início, o seu campo mais aborrecido? O valor retido na fonte? Por que não colocá-lo lá, no finalzinho? Na última tela?
Já de cara tenho a noção exata do quanto deixei de receber.
Durante todo o ano passo rapidamente os olhos pelo campo “IR-Retenção” do meu contra-cheque. Para ser sincera: prefiro ignorá-lo!
Mas, hoje, ignorar é impossível. Cada número digitado é uma punhalada no peito.
Sem choro e sem ranger de dentes (ou com eles), lá se foi um bom naco do meu salário!
Fazendo cálculos: dividindo minha renda bruta do ano pelos seus 365 dias, o valor equivalente a 66 dias ficou retido na fonte. Trabalhei mais de dois meses sem receber nadinha!
Na tentativa de amenizar o grande vazio que a quantia retida deixa em mim e sem dramas: ela será muito bem empregada!
Políticas sociais. Serviços públicos. Infra estrutura. Ordem e Progresso.
Inútil! Não me consolo! Concluo que, apesar da minha involuntária, mas magnânima contribuição, se quiser ter uma vida sem grandes aporrinhações terei que, eu mesma, arcar com escolas particulares, planos de saúde, empresas de vigilância, transporte particular, planos de habitação, etc, etc, etc...
Sou obrigada a reformular a frase acima: o vazio que sinto não é grande. É descomunal, imenso, imensurável, colossal!
Estou bastante irritada! E só uma gorda restituição me acalmará!
Vamos lá! Ela virá...
Novos campos: Dependentes, não, não tenho; alimentandos, tampouco; despesas com instrução, não mais; médicos, dentistas, fonoaudiólogos, nada disso (graças aos céus gozo, ainda, de perfeita saúde); parcos investimentos; nenhum rendimento acumulado.
Pronto! Nada mais a acrescentar.
Vejamos... Restituição... Quanto? Quanto? Quanto?
R$ 0,62. (Pensando bem, um psiquiatra agora não seria de todo mal!)
Nada mais a declarar! [J.]
Só agora tive tempo pra ler direito seu texto. Correria danada! E ainda não fiz minha declaração, que, com certeza, terá o mesmo final da sua. E o pior é que, das grandes fortunas, tenho certeza, não fica nada retido na fonte!!!!
ResponderExcluirSó mesmo rindo, minha amiga, só mesmo rindo, para o que, diga-se de passagem, você demonstra grande verve.
Beijocas.
Maldito "anônimo"... é possível isso? Odeio o Leão e amei o seu texto! Você já sabia, não é?
ResponderExcluirBeijos, Ju
Nem me fale de Leão, J! Comungo de sua tristeza, comungo de todas as suas palavras e da sua ironia!!! E, pelo que vi de nossas declarações, eu e Bê ainda teremos imposto a recolher. Sofrimento puro! Só rindo mesmo (com a sua ajuda) pra não chorar!
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