Somos desajeitados. E constantes, claro. Afinal, mesmo com obstinadas decisões em sentido contrário, é praticamente impossível não aprendermos nada de novo ao viver!
Tenho pensado sobre o assunto... Afinal, sou uma mãe novata, de apenas oito meses. E repleta de percepções...
Temos mais idéias e teorias do que vivência. Disso, o lado incrível: o gosto da novidade e o charme da sua descoberta. Nada de monotonia! E o lado não tão incrível: idéias e teorias às vezes servem para encobrir medos que nem se atrevem a chegar à consciência. E por fim, o lado mais incrível: a surpresa. Nada vivido é como o imaginado. Virá daí o “viva o presente, seu nome tudo diz”?
Simples, não? E tarefa para tantas vidas!
Meu atual viver novata trouxe-me esquecidas recordações: músicas inteiras que nunca mais havia ouvido ou cantado; o riachinho mágico do colo da minha mãe; a verruga no pescoço do meu pai. Avós! E tantas outras maravilhas! Sombras: como podem existir? E como são divertidas! Poeirinhas contra o raio de sol... Lindo! Lençóis e cortinas voando... Luzes da cidade passando listradas por dentro do carro... A água e seu barulho, sua maravilha em gotinhas, a tarefa árdua e então possível de pegá-la... Colheres, brincos, reflexos...
Se ter filhos for viver novamente, isso também significa enfrentar-se novamente. Ter oportunidades diferentes. Renovadas.
Eu não esperava por tão delicadas memórias, relembradas através dos olhos de um bebê que mal nasceu e já ensinou tanto: simplicidades, viver o presente, maravilhar-se. Há muito os dias não eram assim, únicos. E como é bom poder viver, mais do que refletir sobre tudo isso. Conseguirei continuar essa hoje relembrada sabedoria ou esquecê-la-ei mais uma vez?
Surge então e finalmente, a coragem desta novata escrita. Uma homenagem, do fundo do meu coração, a três retalhos que colorem e iniciam esta colcha. [Juliana]
É engraçado como somos novatas sempre... como mulhares, irmãs, tias, filhas, mães... sempre nos descobrindo e re-descobrindo, crescendo...
ResponderExcluirParabéns às quatro constureiras pelo blog, ficou lindo e tão sensível!
Grande beijo, Patrícia Vieira Salles
Lá vou eu sempre aprendendo com a Juca... Desta vez, que não há nada mais "constante" e "presente" do que aprender com a vida, ou melhor, aprender vivendo!
ResponderExcluirE como é bom estar junto de vc nesta nossa fase nova, de mexer e refazer nossos guardados!!!